Desenvolvimento econômico versus desastres ambientais

Leia os textos motivadores.

TEXTO 1:

A sucessão de tragédias que marcou o começo do ano no Brasil leva a comparações entre desastres que, embora diferentes, têm aspectos em comum – acusações de negligência contra quem administrava os espaços, demora ou inexistência de responsabilização de culpados, respostas insuficientes por parte do poder público e, na maioria dos casos, mortes que poderiam ter sido evitadas.

É o que ocorre em casos como o rompimento da barragem em Brumadinho, em janeiro, e a tragédia em Mariana, em 2015; e nos incêndios do Centro de Treinamento do Flamengo, em fevereiro, e incêndio no Museu Nacional, em 2018.

O Brasil é reconhecidamente falho para lidar com tragédias há décadas – tanto que o Banco Mundial fez um estudo entre 1995 e 2014 para calcular quanto o país perde com a resposta inadequada a desastres naturais – foram prejuízos da ordem de R$ 800 milhões por ano.

Segundo o relatório da entidade, os danos econômicos são agravados quando a população pobre é vítima de uma catástrofe. “Quando a população pobre é vítima de uma catástrofe, a perda proporcional de riqueza é de duas a três vezes maior do que entre a não-pobre, devido à natureza e à vulnerabilidade dos seus bens e meios de subsistência”, diz o Banco Mundial.

Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-47206026. Acesso em 5 de julho de 2020.

TEXTO 2:

Em relação ao Brasil, o FMI projeta que o ano terminará com um acumulado de 0,9% de crescimento, uma melhora de 0,1 ponto percentual em relação ao que o próprio fundo estimara em julho, mas 1,2 ponto percentual abaixo da expectativa da instituição em abril de 2019. A estimativa não vai surpreender o mercado. De acordo com o mais recente relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na última segunda-feira, 14, os investidores esperam por um crescimento de 0,87% em 2019. Efeito Brumadinho O FMI afirma que a fraca ascensão da economia brasileira se deve, em parte, ao rompimento da barragem de Brumadinho (MG), em 25 de janeiro, que deixou 251 mortos e outros 21 desaparecidos. 

Além da tragédia humana e ambiental, o relatório afirma que o episódio prejudicou os resultados de mineração no país. De fato, no final de março, a gigante da mineração Vale – responsável por Brumadinho – registrava quase 20 barragens interditadas por motivos de segurança. A empresa anunciou que reduziria sua produção de ferro no ano em quase um quarto: a Vale previa comercializar 400 milhões de toneladas do minério. Dessas, 92,8 milhões de toneladas foram cortadas.

De acordo com o Fundo Monetário Internacional, a economia brasileira sentiu os efeitos disso em seu primeiro trimestre – o que explica a redução de 1,2 ponto percentual em relação à expectativa de crescimento feita em abril pelo próprio órgão. A situação da mineração no Brasil produziu reflexos no exterior e colaborou para que o minério de ferro atingisse seu preço mais alto em cinco anos no mercado internacional.

Disponível em:https://economia.uol.com.br/noticias/bbc/2019/10/15/fmi-reforma-da-previdencia-nao-basta-para-aumentar-potencial-de-crescimento-do-brasil.html. Acesso em: 5 de julho de 2020.

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema embates entre desenvolvimento econômico e desastres ambientais.