Ensino domiciliar

Unioeste 2016

TEXTO 1

Cerca de 2.500 famílias brasileiras instruem os filhos fora das salas de aula – e fora da lei. Muitos deles são adeptos do unschooling, movimento que quer mais do que tirar as crianças de dentro da escola: o objetivo é tirar a escola de dentro de alunos, pais e mestres. 

“Minha filha não sabe o que é ser obrigada a acordar cedo, colocar uma mochila nas costas, estudar o que um professor decidiu que ela deveria saber e ter de fazer uma prova para mostrar do que é capaz”, conta Cleber Nunes sobre a filha Ana, de 8 anos. “Nessa idade, o único compromisso de uma criança é brincar. Ela aprende só o que acha interessante. E, mesmo assim, fazemos com que isso faça parte da brincadeira. Sem agenda. Sem ritmo”. O que Cleber ensina neste depoimento é o princípio do unschooling – desescolarização, em tradução livre – prática que consiste em expor a criança ao mundo, perceber seus interesses e facilitar para que cada situação seja uma chance de aprendizagem. Tudo isso fora da escola – e da lei. No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) afirma ser dever dos pais ou responsáveis matricular os menores na rede regular de ensino a partir dos 4 anos.

Veja quais são os países com mais estudantes caseiros:* 

EUA: 2 milhões 

África do Sul: 150 mil 

Rússia: 70 a 100 mil 

Reino Unido: 20 a 100 mil 

Canadá: 80 a 95 mil 

França: 12 a 23 mil 

*Associação de Defesa do Ensino Domiciliar (HSLDA), EUA.

Adaptado de Camila Matos, Revista Superinteressante, ed. 348, jun./2015

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