Leia os textos motivadores.
TEXTO 1:
Jovem leva mais de 200 crianças para ver Pantera Negra no cinema
Em Porto Alegre, estudante mobilizou voluntários de cinco comunidades e arrecadou doações de todo o Brasil para levar crianças ao cinema
Na sala escura, usando óculos para filmes em 3D, as crianças tentavam tocar com as mãos as projeções que saltavam da tela durante a exibição do filme Pantera Negra, o super-herói negro da Marvel. “Foi uma gritaria de emoção, elas queriam tocar as imagens”, relembra Vitória Sant’Anna Silva, de 22 anos, moradora de Porto Alegre, sobre a sessão das 16h em 27 de fevereiro. Vitória mobilizou voluntários, alugou cinco ônibus e arrecadou doações de todo o Brasil para comprar os ingressos para 210 crianças de cinco comunidades da capital gaúcha.
Para a maioria daquelas crianças, era a primeira vez em um cinema. Para outras tantas, um dos raros passeios em um shopping. Mas, para todas, foi emocionante assistir a um super-herói negro na telona. “O impacto na autoestima das crianças é muito positivo. As crianças negras, quando iniciam a vida escolar, têm crise de identidade ao ver os desenhos animados sem negros. A mãe de uma menina me perguntou sobre o que fazer com a filha, de cinco anos, que odeia sua cor e seu cabelo. O filme faz com que eles se enxerguem de forma positiva”, explica Vitória.
TEXTO 2:

Quase um terço da população (32%) depende de acesso gratuito para ir a eventos culturais, indicou um levantamento feito pela consultoria JLeiva Cultura e Esporte, em parceria com o Datafolha. Para 40%, frequentar atividades gratuitas é mais comum do que participar de atividades pagas, como ir ao cinema, ou assistir a shows musicais.
A pesquisa “Cultura nas Capitais” entrevistou 10.630 pessoas nas 12 capitais mais populosas do Brasil: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Manaus, Recife, Porto Alegre, Belém e São Luís. Estima-se que 33 milhões de pessoas vivam nessas cidades.
Quando brasileiros precisam pagar para ter acesso a atividades culturais, o roteiro preferido é o cinema: 64% assistiram a filmes fora de casa ao menos uma vez nos últimos 12 meses. A cidade mais cinéfila entre as pesquisadas é Porto Alegre, onde 70% da população entrevistada diz frequentar salas de cinema regularmente. Shows aparecem na segunda colocação, com 46%, e museus, frequentados por 31% dos entrevistados, na terceira. Atividades como festas populares e feiras de artesanato vêm na sequência.
As regiões Norte e Nordeste mostraram menor acesso a serviços diversos de cultura. Manaus, por exemplo, é a cidade em que as pessoas vão menos ao teatro (23%) e a shows (37%). Belém, no Pará, é a capital que menos vai ao cinema: 53% dos belenenses disseram ter ido ao menos uma vez no último ano. Brasília, por sua vez, é a cidade em que mais pessoas frequentam bibliotecas.
Disponível em:https://www.nexojornal.com.br/expresso/2018/07/25/O-que-esta-pesquisa-revela-sobre-o-acesso-%C3%A0-cultura-no-Brasil. Acesso em 10 de outubro de 2020.
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema a igualdade de acesso aos espaços culturais, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.