(PUCRS) Inverno 2017
Ai, palavras, ai, palavras, que estranha potência, a vossa! [...] sois o sonho e sois a audácia, calúnia, fúria, derrota... A liberdade das almas, ai! com letras se elabora… E dos venenos humanos sois a mais fina retorta: frágil, frágil como o vidro e mais que o aço poderosa!
Meireles, Cecília. Romance das palavras aéreas.
Às vezes, também a gente tem o consolo de saber que alguma coisa que se disse por acaso ajudou alguém a se reconciliar consigo mesmo ou com a sua vida de cada dia; a sonhar um pouco, a sentir uma vontade de fazer alguma coisa boa. Agora sei que outro dia eu disse uma palavra que fez bem a alguém. Nunca saberei que palavra foi; deve ter sido alguma frase espontânea e distraída que eu disse com naturalidade porque senti no momento – e depois esqueci.
Braga, Rubem. A palavra.
Para desenvolver o tema, você deverá partir de situação/situações em que as palavras se tornam arma que fere ou mão que afaga. Apresente as razões e os sentimentos que levam o ser humano a ferir ou a afagar o outro com palavras, refletindo sobre as consequências de tais atos nas relações interpessoais.