TEXTO 1
Amostra é o grupo de pessoas que é entrevistado em uma pesquisa. Caso a pesquisa seja nacional, ela deve representar toda a população do país. Caso ela seja municipal, ela deve representar toda a população da cidade. […]
A margem de erro existe em toda pesquisa que utiliza uma amostra. Ela apenas não existiria se os pesquisadores entrevistassem todas as pessoas da cidade (no caso de pesquisas municipais) ou do país (no caso de pesquisas nacionais). […]
O nível de confiança normalmente definido pelos institutos de pesquisa é de 95%. Isso significa que, se 100 amostras forem tiradas da população considerando o mesmo modelo amostral, em 95 delas o índice de um candidato estará dentro do intervalo considerado da margem de erro. […]
Mesmo com a margem de erro e o nível de confiança estabelecidos, é importante lembrar que a pesquisa eleitoral é um retrato do momento.
Fonte: Pesquisas eleitorais: o que é amostra, margem de erro e nível de confiança | (g1.globo.com)
TEXTO 2
Se há uma corrida de institutos de pesquisa e empresas para medir a vontade do eleitor, o quanto o próprio brasileiro leva em conta essas métricas na hora de encarar a urna? O tema motiva a literatura da ciência política nacional e internacional, além de ter levado até mesmo alguns dos principais institutos a incluírem essa pergunta em suas sondagens.
Em pesquisa feita entre os últimos dias 16 e 18 de setembro, por exemplo, o Ibope incluiu a seguinte pergunta: “Quais destas fontes de informação são as três principais que o(a) sr(a) leva em conta para decidir o seu voto?”. Nas primeiras posições, foram apontados “notícias na TV” (42%); “debate entre candidatos” (38%); e “conversa com amigos, colegas, familiares” (35%). A opção “resultados de pesquisa e prévias eleitorais” aparece em décimo lugar, entre 16 categorias possíveis, apontada por 7% dos entrevistados.
Não há grandes variações em recortes de renda, religião, cor, condição e porte do município ou região do país: nestes segmentos, o percentual varia sempre entre 5 e 9% dos entrevistados que apontam considerar as pesquisas na hora de decidir o voto. O Datafolha também já fez perguntas do tipo na cidade de São Paulo, mas tem dados mais antigos. Em setembro de 2003, por exemplo, constatou que 40% dos entrevistados não tinham interesse pelos resultados das pesquisas eleitorais; 33% disseram ter médio interesse, 18% alto interesse e 8%, baixo interesse. Naquele ano, 14% dos entrevistados relataram, diante de uma indecisão, já terem definido o voto em função dos resultados de pesquisas eleitorais (contra 81% que disseram não ter feito isso); 13% admitiram já terem mudado o voto ou deixado de votar levando em conta os resultados das pesquisas eleitorais (contra 87% que não).
Segundo especialistas consultados pela BBC News Brasil, outras pesquisas pelo mundo que tentaram capturar a influência das pesquisas no voto não foram conclusivas. Por aqui, eles apontam leituras divergentes que enxergam influências menores e maiores, diretas e indiretas.
Fonte: Eleições 2018: Como as pesquisas eleitorais influenciam a decisão do voto? BBC (www.bbc.com)
TEXTO 3
O projeto que muda as regras para divulgação de pesquisa eleitoral está pronto para ser votado pelos deputados. Especialistas consideram que o texto impõe censura a informações importantes para o eleitor. O projeto vem sofrendo rejeição e passando por ajustes.
O presidente da Câmara, Arthur Lira, do Progressistas, tem repetido que só vai levar a proposta para votação quando houver um acordo. Mas pontos criticados por especialistas e, também, por muitos parlamentares foram mantidos no texto. Como o que limita o prazo para a divulgação das pesquisas eleitorais até a antevéspera do pleito. Ou seja, elas não poderiam mais ser publicadas na véspera e no dia das eleições, como é hoje. E o texto ainda estabelece que os institutos de pesquisas teriam que informar o percentual de acerto das pesquisas realizadas nas últimas cinco eleições.Essas mudanças são vistas como uma censura a informações importantes para o eleitor. “É cercear o direito de informação do eleitor e abrir espaço para fake news. Uma vez que não será possível divulgar pesquisa na véspera da eleição por um veículo oficial de uma forma regulamentada como prevê a lei, abre-se espaço para circulação de supostas pesquisas nos grupos sociais, nas redes sociais e grupos de WhatsApp, gerando espaço aí para fake news”, afirma Márcia Cavallari, CEO da Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec).
Fonte: Projeto que muda regras para divulgação de pesquisas eleitorais está pronto para ser votado | G1 (globo.com)