Obesidade infantil: gestores municipais têm até 17 de setembro para aderir à estratégia de prevenção — Português (Brasil) (www.gov.br)
TEXTO 1
Hábitos saudáveis têm mais chances de acompanhar a população durante a vida se começarem logo na infância. Por isso, é preciso chamar atenção para a qualidade de vida e rotina alimentar balanceada nesta quinta-feira (3), Dia da Conscientização Contra a Obesidade Mórbida Infantil. A estimativa é que 6,4 milhões de crianças tenham excesso de peso no Brasil e 3,1 milhões já evoluíram para obesidade.
A doença afeta 13,2% das crianças entre 5 e 9 anos acompanhadas no Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, e pode trazer consequências preocupantes ao longo da vida. Nessa faixa-etária, 28% das crianças apresentam excesso de peso, um sinal de alerta para o risco de obesidade ainda na infância ou no futuro. Entre os menores de 5 anos, o índice de sobrepeso é de 14,8, sendo 7% já apresentam obesidade. Os dados são de 2019, baseados no Índice de Massa Corporal (IMC) de crianças que são atendidas na Atenção Primária à Saúde (SAPS).
“Esses números reforçam a importância de ter ambientes saudáveis e promover a educação alimentar desde cedo pode evitar doenças que podem acompanhar durante o desenvolvimento e ao longo de toda a vida, afetando o desempenho escolar e aumentando o risco de vários agravos, como hipertensão e diabetes.”, ressalta o Secretário de atenção Primária, Raphael Parente.
Fonte: Obesidade infantil afeta 3,1 milhões de crianças menores de 10 anos no Brasil — Português (Brasil) (www.gov.br)
TEXTO 2
Antes de mais nada, é preciso entender a diferença entre excesso de peso e obesidade. Para adultos, o mais usado é o cálculo do IMC (Índice de Massa Corpórea), onde o IMC acima de 25, é considerado sobrepeso acima de 30, obesidade Para menores de 18 anos, após o cálculo do IMC, os valores devem ser inseridos em um gráfico e distribuídos assim como são chamados pelos médicos, em percentis e/ou escores Z, segundo a idade e sexo, onde para crianças acima de 5 anos, percentis entre 85 e 97 é considerado sobrepeso e acima de 97 obesidade. Por isso, somente um médico é capaz de determinar se uma criança ou adolescente está com sobrepeso ou obesidade, pois é necessário avaliar os desvios padrões do IMC de acordo com o sexo e a idade do paciente.
Apesar de a obesidade por si só não ser uma doença mortal, ela nunca está sozinha, já que aumenta o risco e piora o quadro de diversas doenças. São mais de 195 complicações associadas a ela: diabetes tipo 2, hipertensão, apneia obstrutiva do sono, problemas cardiovasculares, doença de vesícula biliar, dislipidemia (níveis elevados de lipídios, ou seja, gorduras no sangue), osteoartrite (artrose), câncer e outros. Além disso, crianças e adolescentes com obesidade têm maiores chances de apresentar a doença quando se tornarem adultos.
“O engajamento da família é fundamental e aumenta a chance de sucesso.”, afirma a Dra Monica Palmanhani, especialista em endocrinologia. Além disso, estimular hábitos saudáveis, prática de exercícios e oferecer uma dieta equilibrada também são fatores essenciais para o sucesso do tratamento. É importante ressaltar que o tratamento deve ser individualizado para cada caso, por isso, é necessário associar uma nova rotina da família, ter acompanhamento médico – e psicológico em alguns casos -, incluir o tratamento medicamentoso, se necessário, e os casos que não tiverem resposta a nenhum tratamento, pode ser indicado cirurgia.