Leia os textos motivadores.
TEXTO 1
O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo (Condepe) divulgou uma nota pública sobre as ações de violência praticadas por policiais militares durante as manifestações contra o aumento das tarifas dos transportes públicos na Cidade de São Paulo.
O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana – CONDEPE, instituído pelo Art. 110 da Constituição do Estado de São Paulo, no uso de suas atribuições legais expressas no artigo 4º da Lei Estadual nº 7.576, de 27 de novembro de 1991, com alterações promovidas pela Lei Estadual nº 8.032, de 28 de setembro de 1992, REPUDIA os atos de violência policial e abuso de autoridade praticados pela Polícia Militar do Estado de São Paulo durante as manifestações contra o aumento das tarifas nos transportes públicos.
A liberdade de manifestação é direito constitucional e seu exercício deve ser assegurado pelos poderes estatais, cabendo à autoridade policial tão somente a preservação da ordem pública e segurança dos manifestantes. Não se admite qualquer medida tendente a impedir, cercear ou limitar o livre direito de qualquer cidadã ou cidadão de protestar contra decisões de seus governantes, sob pena de ferir a própria democracia, sustentada nos direitos fundamentais expressos na Constituição Cidadã de 1988.
Adaptado de: https://revistaforum.com.br/direitos/condepe-repudia-violencia-policial-em-protesto-contra-aumento-de-tarifas-em-sp/
TEXTO 2
Vídeo de violência policial motiva novos protestos em Hong Kong.
Hong Kong estava paralisada nesta segunda-feira por ações de bloqueio de ruas e avenidas, em mais uma jornada de protesto, após a divulgação de um vídeo que mostra um policial atirando à queima-roupa contra um manifestante. As imagens mostram um policial tentando controlar fisicamente uma pessoa com uma jaqueta branca no bairro de Sai Wan Ho, em um cruzamento bloqueado pelos manifestantes.
Sem uma solução política para a crise em Hong Kong, a gestão da explosiva situação parece ter recaído à polícia, que a cada dia gera mais repúdio e revolta dos moradores do território. Nesta segunda-feira, manifestantes ofenderam policiais, que responderam com gás de pimenta em um dos bloqueios.
Os agentes também usaram gás lacrimogêneo antes de abandonar o local. A polícia afirma que precisa usar a força em consequência da ação de segmentos radicais dos manifestantes, que já utilizaram bombas incendiárias e atacaram empresas acusadas de ajudar o governo local.
Adaptado de: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/mundo/v%C3%ADdeo-de-viol%C3%AAncia-policial-motiva-novos-protestos-em-hong-kong-1.379354
TEXTO 3
Manifestantes fugindo de bombas de gás lacrimogêneo e vandalismo eram cenas finais de um enredo que se tornou conhecido no fim de muitos protestos, desde de junho do ano passado. Sete meses depois de a população tomar as ruas, uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) revela como as próprias forças de segurança se sentem despreparadas para agir diante dos grandes atos — que prometem se repetir durante a Copa do Mundo. Ao todo, 64% dos policiais militares e civis entrevistados admitiram não ter recebido orientação e treinamento adequado para lidar com as manifestações e os black blocs.
A pesquisa sobre a percepção dos policiais a respeito dos manifestantes e do movimento black bloc, produzida pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP-FGV) e obtida pelo GLOBO, fez um raio X do que pensam os policiais sobre os protestos, os black blocs e sua própria forma de agir diante deles.
Apenas 10% apontaram como correto o comportamento dos policiais nas manifestações, enquanto outros 19% responderam que “alguns colegas não agiram da forma certa, mas não se pode generalizar”. Na hora de atribuir a alguém a responsabilidade sobre a maneira como operam nas manifestações, os policiais não colocam na própria conta nem na do comando ou na das secretarias de segurança. A maioria (60%) indicou que a atuação da tropa é determinada pelos governos estaduais.
Adaptado de: http://www.sinpefrs.org.br/site/em-pesquisa-64-dos-policiais-assumem-nao-ter-treinamento-adequado-para-lidar-com-protestos/
Com base na leitura dos seguintes textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema o papel da polícia na organização social.