Plástico: herói ou vilão?

Leia os textos motivadores.

TEXTO 1

Escoteiros da América Latina e do Caribe juntam-se à luta global contra a poluição por plástico

Todo ano, mais de 8 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos, ameaçando os ecossistemas marinhos do mundo. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e a Região Escoteira Interamericana uniram-se para lançar o ‘Desafio de Distintivos Mares Limpos’, baseado no sistema tradicional de distintivos escoteiros para reconhecer os jovens que reduzirem drasticamente sua pegada de plástico e mobilizarem suas famílias, escolas e comunidades para transformar seus hábitos de consumo. A iniciativa começou em outubro e ocorre em países da América Latina e do Caribe, seguindo o sucesso dos desafios contra a poluição por plástico, realizados desde 2017 nas Associações de Escoteiros do Brasil e de outros países – Gana, Quênia, Ilhas Maurício, Tanzânia e Uganda.

Adaptado de: https://nacoesunidas.org/escoteiros-da-america-latina-e-do-caribe-juntam-se-a-luta-global-contra-a-poluicao-por-plastico/

TEXTO 2

Considerando que o tempo médio para a decomposição do politereftalato de etileno gira em torno de 800 anos, podemos então afirmar que a reciclagem só é capaz de mudar a forma dos materiais sintéticos que a sua lógica produziu, e não o seu conteúdo, já que não se é possível transformar a pet em petróleo, em gás natural ou em qualquer outro produto orgânico. Ou seja, uma vez pet, sempre pet. Na lógica da biointeração o que se observa é o extremo oposto. Conforme já comentamos, tudo o que fazemos é fruto da energia orgânica e é exatamente por isso que ao invés da tríade “reduzir, reutilizar e reciclar”, temos como princípio a tríade “extrair, utilizar e reeditar”. Como ilustração, apresentarei um pequeno exemplo extraído do cotidiano das nossas comunidades. 

Uma parte importante da pescaria começa antes mesmo de se ir ao rio pescar. Assim como no caso das garrafas pets, nós também utilizamos vasilhames para transportar os nossos alimentos, mas fazemos isso segundo uma lógica radicalmente diferente. No caso da pescaria é preciso ir à mata e retirar palhas da carnaúba ou de outras palmeiras tais como o tucum, o babaçu, o buriti, a bacaba, para tecer o cofo (uma espécie de cesto ou sacola, que confeccionamos a partir do que encontramos ofertado pelo bioma de cada região), onde transportaremos os produtos da pesca. Quando o cofo perder a sua utilidade, nós até podemos reutilizá-lo de outras maneiras, mas isso nem de longe se constitui como um problema. Muito pelo contrário, podemos simplesmente descartá-lo no ambiente que ele rapidamente entrará em processo de decomposição e servirá de alimento para a palmeira da carnaúba (de onde extraímos a palha) ou ainda para outras espécies e seres, num processo natural e orgânico de reedição da natureza. Nesse sentido, ressaltamos a importância de biointeragirmos com todos os elementos do universo de forma integrada. 

BISPO, Antônio. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: Universidade de Brasília, 2015.

Adaptado de: https://istoe.com.br/nunca-estao-satisfeitos-diz-anitta-apos-critica-por-apropriacao-cultural/

TEXTO 3

Diante das consequências inegáveis da poluição por plásticos, pessoas de todo o mundo estão rejeitando os produtos descartáveis e se comprometendo com estilos de vida mais sustentáveis. Os governos também estão atuando: mais de 50 países se uniram à campanha Mares Limpos da ONU Meio Ambiente, o maior movimento mundial de luta contra o lixo marinho.

As empresas não podem ignorar esse protesto público. Muitas indústrias estão elaborando planos para eliminar os plásticos de uso único. O relato é da ONU Meio Ambiente.

Em abril, a gigante suíça dos alimentos Nestlé disse que suas embalagens plásticas seriam 100% recicláveis ou reutilizáveis até 2025. A Unilever também se comprometeu a garantir que todas suas garrafas plásticas sejam totalmente reutilizáveis, recicláveis ou compostáveis até 2025. O relatório concluiu que as empresas devem incluir a sustentabilidade em seus modelos comerciais, às vezes inspirando-se nas comunidades locais, para encontrar alternativas ao plástico disponíveis a partir de plantas e animais. A inovação e o espírito empresarial são fundamentais. Sem dúvida, este é precisamente o domínio no qual devem brilhar as empresas líderes do mundo.

Adaptado de: https://nacoesunidas.org/o-que-as-empresas-estao-fazendo-para-frear-a-torrente-de-plasticos/

Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa, sobre o tema plástico: herói ou vilão?